domingo, fevereiro 26, 2006

BRONISLAW MAJ

UMA FOLHA








Uma folha, uma das últimas, solta-se de um ramo de carvalho:
rodopia no ar transparente de Outubro, cai
no meio de outras folhas, detém-se, torna-se invisível. Ninguém
admirou o combate, arrebatador, que ela travou com o vento
nem seguiu o seu voo, ninguém a distinguiria agora
no meio das outras folhas, ninguém viu
aquilo que eu vi. Eu sou
o único.


Versão (a partir do imglês) de José Miguel Silva