A Anedota do Dia
"Sexo pode causar danos emocionais em adolescentes
Os adolescentes podem sofrer consequências emocionais negativas como resultado de relações sexuais, mesmo quando não existe penetração, concluiu um estudo que inquiriu 618 adolescentes americanos e foi publicado ontem na revista científica Pediatrics.Investigadores da Universidade da Califórnia, em São Francisco, chegaram à conclusão de que quase metade dos adolescentes com vida sexual activa inquiridos se sentiram alguma vez "usados", culpados ou arrependidos depois de terem tido relações sexuais. Estes sentimentos negativos verificavam-se mesmo quando os adolescentes tinham "apenas" sexo oral, reportam os autores do artigo, Sonya Brady e Bonnie Halpern-Felsher.O estudo sublinha que os pais devem falar com os filhos sobre os efeitos potencialmente negativos de terem actividade sexual, mesmo quando não há penetração. "É importante que os pais ajudem os adolescentes a compreender que ter sexo oral pode ter consequências de saúde a nível social, emocional e físico, podendo acontecer o mesmo com sexo vaginal."
Público, 6-2-07
Quando eu era adolescente, o sexo traumatizava imenso quem não o praticava. A virgindade era quase infamante, e quem aos dezasseis permanecia ainda nesse lamentoso estado, mais depressa confessaria uma falsa incontinência urinária do que a castidade.
A curiosa esquizofrenia da sociedade americana, onde o paganismo e o hedonismo convivem com arcaísmos como o sentimento de culpa em relação ao sexo, só podia redundar nestes cómicos “sentimentos negativos” pós-coitais.
Os vitorianos ayatolas evangélicos gostariam de inculcar nos jovens a ideia de que agiriam mais recta e santamente se expendessem as suas energias nos centros comerciais ou a circular de tanque pelas ruas de Bagdad. O corpo, pretendem eles, foi feito para trabalhar, para comer hambúrgueres e para matar inimigos. É que a submissão laboral, a obesidade e o assassínio, ao contrário do sexo, não acarretam nenhum tipo de distúrbio emocional. São até experiências intrinsecamente produtivas e enriquecedoras. Já o sexo, é mero dispêndio, um potlatch de energias, um investimento (dizem) emocionalmente ruinoso. Ai ai!
Os adolescentes podem sofrer consequências emocionais negativas como resultado de relações sexuais, mesmo quando não existe penetração, concluiu um estudo que inquiriu 618 adolescentes americanos e foi publicado ontem na revista científica Pediatrics.Investigadores da Universidade da Califórnia, em São Francisco, chegaram à conclusão de que quase metade dos adolescentes com vida sexual activa inquiridos se sentiram alguma vez "usados", culpados ou arrependidos depois de terem tido relações sexuais. Estes sentimentos negativos verificavam-se mesmo quando os adolescentes tinham "apenas" sexo oral, reportam os autores do artigo, Sonya Brady e Bonnie Halpern-Felsher.O estudo sublinha que os pais devem falar com os filhos sobre os efeitos potencialmente negativos de terem actividade sexual, mesmo quando não há penetração. "É importante que os pais ajudem os adolescentes a compreender que ter sexo oral pode ter consequências de saúde a nível social, emocional e físico, podendo acontecer o mesmo com sexo vaginal."
Público, 6-2-07
Quando eu era adolescente, o sexo traumatizava imenso quem não o praticava. A virgindade era quase infamante, e quem aos dezasseis permanecia ainda nesse lamentoso estado, mais depressa confessaria uma falsa incontinência urinária do que a castidade.
A curiosa esquizofrenia da sociedade americana, onde o paganismo e o hedonismo convivem com arcaísmos como o sentimento de culpa em relação ao sexo, só podia redundar nestes cómicos “sentimentos negativos” pós-coitais.
Os vitorianos ayatolas evangélicos gostariam de inculcar nos jovens a ideia de que agiriam mais recta e santamente se expendessem as suas energias nos centros comerciais ou a circular de tanque pelas ruas de Bagdad. O corpo, pretendem eles, foi feito para trabalhar, para comer hambúrgueres e para matar inimigos. É que a submissão laboral, a obesidade e o assassínio, ao contrário do sexo, não acarretam nenhum tipo de distúrbio emocional. São até experiências intrinsecamente produtivas e enriquecedoras. Já o sexo, é mero dispêndio, um potlatch de energias, um investimento (dizem) emocionalmente ruinoso. Ai ai!
5 Comments:
You sexy thing!
Esta notícia só poderá parecer simples a quem desconhece a realidade americana e sobretudo a realidade californiana. Onde o sexo, desde muito cedo, não serve apenas para o prazer, mas também para a humilhação e para a pretensa inclusão num grupo mais popular. Observar uma viagem durante a spring break ao México é por exemplo ver um monte de grunhos a gritar para uma rapariga que está perante um rapaz com as calças baixas "Suck! Suck! Suck!", e isto, diga-se, é o mínimo a constatar.
A heroína também não é muito engraçada pois não?
Viva o sexo!!
Meu caro, tecnicamente aos dezasseis já não havia virgens lá para aqueles lados. Ou havia? Mau!...
Anónimo, a vida tem riscos, a vida é traumatizante, a vida "serve [também]para a humilhação", que havemos de fazer? Não podemos exterminar os grunhos e grunhas deste mundo, nem prendê-los só porque são estúpidos e brutinhos. Até porque eles são o frustrado produto de uma sociedade sexualmente repressiva, onde a castidade é considerada um valor. Mas a rapariga do suck suck estava ali obrigada? Se estava obrigada, é um caso de polícia. Se estava de livre vontade, é porque é uma ganda promíscua. Onde é que está a moral aqui?
JMS, se aquela miúda lá estava obrigada? Creio que não. Se lá estava de livre e expontanea vontade? Também creio que não.
Algumas pessoas têm um medo enorme da solidão e submetem-se. Esperam encontrar algum conforto, menos perguntas, uma companhia e no futuro não terem de recorrer à escrita de poemas.
Já agora, homem, brinde-nos com uns poemas novos!!
Anónimo
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