Emanuel Jorge Botelho
LORENA
Contigo fui dando
um nome a cada dia
em nome de mim
por causa do medo
arei o sossego
com o chegar dos teus dedos
lavados na terra
enxutos na alva
*
eu nada sabia
do rumor das asas
até tu chegares
à sombra dos meus passos
porque tudo me era
amargo de luz
como cinza de mel
na páscoa da pele
*
Contigo fui dando
linhas de pão
às palmas do céu
à fome da sorte
e o meu longe coube
perto do sol
quando o teu pulso soube
rodar a claridade
*
eu tinha nos ombros
um livro encerrado
até os teus olhos
me darem as palavras
*
Contigo fui dando
a tudo o teu nome
em nome de nós
por causa de mim.
Contigo fui dando
um nome a cada dia
em nome de mim
por causa do medo
arei o sossego
com o chegar dos teus dedos
lavados na terra
enxutos na alva
*
eu nada sabia
do rumor das asas
até tu chegares
à sombra dos meus passos
porque tudo me era
amargo de luz
como cinza de mel
na páscoa da pele
*
Contigo fui dando
linhas de pão
às palmas do céu
à fome da sorte
e o meu longe coube
perto do sol
quando o teu pulso soube
rodar a claridade
*
eu tinha nos ombros
um livro encerrado
até os teus olhos
me darem as palavras
*
Contigo fui dando
a tudo o teu nome
em nome de nós
por causa de mim.
2 Comments:
inéditos?
Não propriamente. Trata-se de uma plaquete publicada em 2002, edição do autor.
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