quarta-feira, setembro 20, 2006

Oh, não! Fomos abruptamente desarmados!

Diz aqui o guarda-portão que é preciso ser-se estúpido como um portão para não acreditar em milagres, acrescentando que cabe aos descrentes provarem que o milagre não existe. Talvez eu tenha abandonado demasiado cedo a Faculdade de Filosofia, mas estava capaz de jurar que é ao defensores do milagre que compete provar a sua autenticidade. Pedir à pessoa que não crê em milagres que refute a versão do presumível taumaturgo, ou então esteja calada com as suas dúvidas, não me parece muito sério nem muito inteligente.
Era como se qualquer mixordeiro nos quisesse convencer que conseguira fazer Chatêau Lapisse com a uva americana que tem no seu quintal e, perante a nossa incredulidade, rosnasse: “Não acreditas? Então diz-me lá tu como é que eu fiz este precioso bálsamo, seu estúpido!” Confrontados com tal argumento, que poderíamos nós fazer? Ora, poderíamos abandonar a toda a pressa a discussão; pois não há coisa mais inútil do que arguir com mixordeiros avezados à sofística.

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Seguindo o preceito do Direito que diz que o ónus da prova recai sobre quem alega deves provar que o milagre não é real uma vez que o alegas não o ser.
Por outro lado aquele que alega que o milagre existe deve prová-lo.
Isto significa que quer um quer outro devem suportar o ónus de provar aquilo que alegam.
Ora bolas. É melhor encerrar a discusão porque isto já me está a criar uma dor de cabeça num olho.

quinta-feira, setembro 21, 2006 12:57:00 da tarde  

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