Jean Baudrillard
"Ce qui caractérise la societé de consommation c'est l'universalité du fait divers dans la communication de masse. Toute l' information politique, historique, culturelle est reçue sous la même forme, à la fois anodine et miraculeuse, du fait fivers. Elle est toute entiére actualisée, c'est à dire dramatisé sur le mode spectaculaire - et toute entiére inactualisée, c'est à dire distancée par le medium de la communication et réduite à des signes. Le fait divers n'est donc pas une catégorie parmi d'autres mais LA catégorie cardinale de notre pensée magique, de notre mythologie. [...] La quotidienneté comme clôture serait insupportable sans le simulacre du monde, san l'alibi d'une participation au monde. [...] A ce niveau "vécu", la consommation fait de l'exclusion maximal e du monde (réel, social, historique) l'indice maximale de securité. Elle vise à ce bonheur par défaut qu'est la resolution de tensions." Etc.
La Société de Consommation, Gallimard, 1970
12 Comments:
fait divers.
ora aí está, bem me parecia. mas convenço-me - será da idade? da estupidez? da ignorância gritante? do instinto de sobrevivência? - que também sabemos aceitar a inteligência inesperada, a que vem como o amor e o riso, por exemplo, e que nos deixa longe dos agentes da liberdade (de que escreveu o debord e eu que eu interpretei à minha maneira).
Saberemos, Alexandra? As pessoas gostam pouco de inteligência, e ainda menos quando é "inesperada". Não sei. Então vai-se embora da blogosfera? Desertar da cidade invisível? Que péssima ideia.
(Mas confesso-lhe que também eu já estive várias vezes para pressionar o botão de implosão deste blogue. Por isso...)
sabemos, sim. a cidade estava a tomar conta de mim e eu assustei-me um bocado. se voltar a blogar não é ali. de vez em quando, dá-me uma vontade repentina de fazer um post, colocar uma fotografia com um pé de couve, uma magnólia que aparece a correr à minha frente. enfim.
(implodir este lugar? não digo que não o faça, mas só se for para abrir de imediato outro. não saia daí)
como é que uma mulher arranja um nome para outro blogue? (pensei há tempos em "a-horta", mas teria que pedir autorização ao cadáver morto, verdadeiro criador do nome. e a si, creio).
se alguma vez encerrar este lugar e não lhe apetecer abrir outro sozinho, diga. até seria pecado abrir eu um lugar com aquele nome maravilhoso - na ilegalidade, sem as autorizações necessárias - e fazer sozinha a gestão. nem conseguia, por muito que adubasse as terras.
e nisto, com outros meninos e meninas a ver, até parece que estou só em cuecas. incorrecto, incorrecto. calça de ganga, blusa roxa, bota preta, cinto verde.
think about it.
com o devido respeito,
(de cuecas e tudo)
alexandra
Quando encerrar esta loja, Alexandra, será para umas longas férias da blogosfera. Um blogue colectivo? Nunca me tinha ocorrido a ideia(sou muito pró solipsista), mas talvez, talvez, um dia.
Mas entretanto, não se acanhe em roubar o "a-horta" ao cadáver-morto. Não creio que o rapaz se importe com isso, ou que lhe vá exigir royalties.
Abraço.
ó sandrinha, esta sua prosa é uma chachada.aliás como o seu blog de título superficialmente fanado ao Calvino. muito "místico", ao ar livre, com muita hortaliça raquítica e inútil, muitos céus e manhãs. ainda bem que tem auto-crítica.e fechou a loja.e cuidado com as metonímias de lingeries.o pudor ressente-se. e os meninos e as meninas estão interessadérrimos no seu fio dental.
sugestão para o nome: "veia cava".
a minha saturação da blogosfera não é independente da minha saturação fora dela. a proposta de blogue colectivo foi um desconforto levado ao extremo. o mau gosto que junta anglofonia e cuecas não deve ser levado muito a sério, como saberá. e o seu cansaço desta merda também é fácil de sentir.
não gostaria de sair sem comentar que não sei quem consegue vestir a cueca suja do anonimato.
Se tiver que ser que seja.
Considerem-se proprietários da a-horta.
Que seja para o bem da humanidade.
Falta uma vírgula algures.
Estejam à vontade para a colocar.
Alexandra, espero que não se vá embora de todo. Gosto muito de a ver por cá. Bjs.
Caro c.morto, ganda gentleman! Que é feito de ti, home?
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